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Agronegócio cresce 3,8% e representa 21% do PIB brasileiro

22 de abril de 2020
Dados apontam resultados positivos em todos os setores do negócio.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,81% em 2019 em comparação a 2018, o resultado foi divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Escola de Estudos Agrários da USP (Esalq).
 
Segundo levantamento, o setor representa 21,4% do PIB total do país. Esse dado é diferente do PIB agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o que é produzido dentro das fazendas.
 
Já o índice da CNA leva em conta o agronegócio como um todo, como as agroindústrias (frigoríficos) e o setor de serviços (transporte de mercadoria).
 
Entre os segmentos do setor, o PIB cresceu para insumos (5,54%), agroindústria (4,99%) e agrosserviços (6,77%), mas recuou para o segmento primário (3,03%). Por outro lado, o desempenho da pecuária foi considerado excelente pelo estudo.
 
Alguns índices mostraram reduções no faturamento, como o café, com a menor renda em 2019, apenas 24,99%, o que refletiu em menores preços reais (6,20%) e baixa produção (20,03%) relacionando com 2018.
 
A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, obteve o menor faturamento anual (-9,33%) em 2019, também ocorreu às diminuições do preço (-5,97%) e da produção (-3,56%), frente a 2018.
 
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda na produção foi atribuída à redução na produtividade de -5,5%.
 
O relatório destaca o desempenho das carnes, sendo a atividade que registrou a maior elevação de preços em 2019: 29,65% frente a 2018. Com o setor respondendo ao cenário positivo, a produção também teve crescimento, de 4,21%. O impulso costumeiro da demanda doméstica nos últimos meses do ano também influenciou na alta de preços.
 
A avicultura também registrou alta considerável dos preços reais (13,09%), de acordo com o levantamento, mas a produção de aves ficou praticamente estável (-0,07%). Pesquisadores apontam que as exportações da carne, embora tenham sido firmes, ficaram aquém das boas expectativas na demanda internacional.
 
 
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